ID-100229021Com que frequência você escolhe se colocar no lugar do outro ao invés de julgá-lo?

Em tempos de respostas prontas, julgar costuma ser uma atitude normal dentro das relações humanas. Basta alguém fazer algo que achamos ser inadequado e logo aparece o nosso julgador.

Todo mundo gosta de julgar. E ninguém gosta de ser julgado. Então temos um problema.

Ao julgar, nos sentimos em posição superior, donos da verdade, senhores do destino.

Ao sermos julgados, nos sentimos menores, desvalorizados, desrespeitados.

Não importa quem está com a razão: o movimento julgar e ser julgado cria um abismo entre as partes e abala as estruturas de qualquer relacionamento, seja pessoal ou profissional.

Melhor do que deixar o julgador tomar conta é deixar o seu respeitador assumir o controle.

Através do respeito aprendemos a lidar com as diferenças, sem se preocupar se aquilo está certo segundo nossas convicções.

Até porque nossas convicções do certo são baseadas na nossa história e experiência de vida. Se é certo e funciona para nós, ótimo. Isso não quer dizer que vai funcionar para todo mundo.

Eu sei que pode ser chocante pensar sobre isso. Pensar que o que acreditamos pode não ser a verdade absoluta.

Mas o que ganhamos ao tentar impor nossas convicções sobre os outros? Ou o que os outros ganham ao tentar impor sobre nós suas próprias convicções?

Essa luta só cria lados e afasta as pessoas.

Por isso meu convite é: permita-se não julgar. O tempo que perdemos julgando as pessoas é o tempo que nos falta para praticar o que falamos.

Ao invés de tentar impor suas convicções, procure ser um exemplo delas. Uma imagem vale mais do que mil palavras. Ao praticar o que fala, não precisará falar o que pratica. Quem você é fará isso por você.

Qual pequeno passo você dará hoje para ser a pessoa, o exemplo, a mudança que ser ser?

Imagem cortesia de sakhorn38 em freedigitalphotos.net