“Não podemos desistir dos nossos sonhos pelo fato de existir uma conspiração contra eles.”

Rummenighe Consulo

Talvez você já tenha ouvido falar, mas a infelicidade se tornou um negócio dentro da nossa sociedade. Isso pode parecer estranho, mas não é. Deixe-me explicar.

O consumo faz parte da vida. E numa sociedade na qual o trabalho é cada vez mais especializado, onde as pessoas não cultivam mais seus alimentos ou costuram suas roupas, nós temos que consumir os produtos e serviços das outras pessoas.

O que acontece é que, quando alcançamos um determinado ponto, a necessidade de recursos para viver uma vida confortável diminui. A partir desse ponto não precisaríamos mais ficar preocupados trocar o nosso tempo por mais dinheiro para satisfazer outras necessidades. Mas não é isso que acontece.

Desde muito cedo somos ensinados que a felicidade está fora de nós, que ela depende das conquistas que obtermos por trocar o nosso tempo e esforço por dinheiro, bens e serviços. Assim, para continuar sentindo essa felicidade, precisamos continuar a realizar essas trocas.

Mas não só isso. O que as empresas e a mídia aprenderam é que, criando um ideal inatingível de felicidade e fortalecendo o GAP entre quem nós somos e quem deveríamos ser (segundo eles), cria-se um desejo que precisa ser satisfeito, mesmo que não seja realmente necessário. Mas que, ao ser satisfeito, torna-se rapidamente superado. Isso cria o atual círculo infinito do consumo que movimenta a economia.

E se você não está ciente disso, vai fazer qualquer coisa tentando atingir o ideal imposto, o que inclui trabalhar cada vez mais, abrir mão do tempo com a família, fazer dívidas, entre outros.

A solução para isso é aumentar sua autoconsciência e aprender a ser proativo na maior parte do tempo. Ou seja, estar realmente presente, com sua mente focada, para perceber os sinais que os desejos de consumo criam e saber escolher o que vai ser bom para você.

Do ebook A Tríade da Felicidade